sábado, 26 de novembro de 2011

A exposição individual Memória pele, na Galeria de Arte da Fundação Cultural de Criciúma [até 20dez11], expõe 24 imagens impressas em papel arroz [21x29 cm] coloridas em anilina, tinta comestível. São frames extraídos de vários vídeos de minha produção. A imagem impressa adquire uma baixa resolução e somada às características do papel e da tinta assume, no decorrer do tempo, deformações. Ao enfatizar, destacar e dar visibilidade aos frames. eu devolvo à imagem sua condição fugaz, seu vínculo singular com a realidade; torno-a efêmera, frágil, à beira do desaparecimento. Busco a vulnerabilidade estética em suas últimas conseqüências, uma reflexão radical sobre o modo como absorvemos a arte na vida cotidiana, na cultura e nos fluxos da realidade, invadindo um território onde a matéria, o espaço e o tempo perdem qualquer vínculo entre si. Também na exposição, uma videoarte com uso da imagem acelerada, para evidenciar o ritmo da sociedade contemporânea, projetada em tamanho pequeno [21x29 cm] e demarcada por grampos, os mesmos que fixam as imagens em papel arroz. Visto entre duas janelas abertas nos permite passear por nossas memórias.

veja texto de Gleber Pieniz

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